
Madeleine chegou ao lugar do julgamento e já tinha começado. Ele conseguiu entrar no tribunal com facilidade por ser prefeito. Viu a situação do acusado, Champmathieu, que jurava não ser Jean Valjean. Afirmava ser carpinteiro em Paris. O juiz disse que o seu suposto empregador havia falido e não tinha sido encontrado. Além disso, ele já havia sido reconhecido como Jean Valjean por Javert e dois antigos forçados.
Quando o juiz ia terminar o julgamento, Madeleine gritou. Perguntou às testemunhas se elas não o reconheciam, e disseram que não. Madeleine então afirmou ser Jean Valjean e pediu para que libertassem o acusado. Todos ficaram em silêncio. O juiz achou que ele estivesse louco e mandou que chamassem um médico. Madeleine continuou afirmando que era o verdade Jean Valjean e que não estava louco. Pediu para que soltassem o acusado e que o prendesse. Sem mais alternativas, Madeleine virou para os antigos forçados com quem havia passado tantos anos e começou a dizer detalhes da vida dos dois. Os forçados, surpresos, confirmaram o que Madeleine tinha dito. Ele disse que essa era a prova e que o verdadeiro Jean Valjean era ele. O tribunal se calou, todos ficaram surpresos. Madeleine saiu dizendo que o promotor sabia aonde encontrá-lo.
Enquanto isso, o estado de Fantine piorava. Ela sempre perguntava à irmã Simplice sobre o prefeito. Depois, por ele ter ficado muito tempo sem visitá-la, pensou que ele tinha ido buscar sua filha. Ao anoitecer, Madeleine foi ver Fantine. Mas a irmã Simplice disse que era melhor não ver a doente enquanto não estivesse com Cosette. Ele insistiu, disse que precisava falar com ela, porque havia urgência. A irmã permitiu que entrasse, Fantine estava dormindo. Sua aparência era frágil, seu peito chiava. Abriu os olhos e ao ver Madeleine perguntou se estava com sua filha. Madeleine enrrolou e não disse a verdade. O médico se aproximou, disse que Fantine estava com febre e que a presença de sua filha iria agitá-la. A mãe insistiu, dizendo que já estava curada. Em seguida, virou para Madeleine dizendo que ele foi muito gentil em ter ido buscar Cosette e perguntou se ele não achava que era ela linda. Ele respondeu que sim, que Cosette era linda, mas que ela sossegasse, pois logo ia vê-la. Fantine começou a dizer que ouvia a voz de sua filha. Mas, na verdade, era apenas uma menina cantando ao longe. De repente, sua expressão mudou, o rosto empalideceu. Ela fez um sinal para Madeleine, quando ele se virou, viu Javert.
Havia sido expedida uma ordem de prisão para Madeleine. Javert tinha ido buscá-lo. Madeleine ainda fez um pedido para Javert, que ele desse três dias para ir buscar Cosette e que se ele quisesse, podia ir junto com ele. Javert nem pensou nessa possibilidade. Fantine começou a tremer, ao perceber que sua filha não estava lá. Ela ainda abriu a boca para falar alguma coisa, mas não teve forças. Estendeu as mãos, como quem estava se afogando, até que caiu sem forças no travesseiro. Seus olhos perderam o brilho, estava morta. Madeleine ajoelhou-se e cochichou algo no ouvido da morta. O que ele disse, ninguém sabe. Mas irmã Simplice garantiu que viu um sorriso brotar no rosto da morta.
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