sábado, 6 de setembro de 2008

Capitulo 19: "À beira da morte" ; Artur Henrique


Jean Valjean chegou à barricada vestido com o uniforme, então pôde passar pelo exército e penetrar por uma das aberturas. Ao chegar, trocou seu uniforme com um pai de família que queria partir. Todos lutavam com heroísmo, mas a munição acabava. De repente, notaram um menino pulando em meio aos tiros. Era Gavroche, que carregava um cesto. Ele catava os cartuchos deixados pelos soldados do governo mortos. Ria e cantava, desafiando os atiradores. Mas uma bala certeira o atingiu. O menino caiu, mesmo assim conseguiu sentar-se e entoou uma outra canção de desafio. Uma segunda bala o matou, caiu de bruços, o pequeno herói.

A tristeza tomou conta da barricada e eles logo sofreriam um novo ataque, mas já não pudiam resistir. Enjolras foi até Javert e disse que não tinha esquecido dele. Nesse instante chegou Jean Valjean que disse que queria ter o prazer de matar aquele homem. Javert viu quem era e disse para ele se vingar. Jean Valjean pegou uma faca, cortou as cordas que amarravam Javert e disse que ele estava livre. Javert falou que não iria ficar lhe devendo um favor por causa daquilo, embora não escondesse seu espanto pelo ato de Jean Valjean. A batalha continuava e Marius fora atingido por um tiro no ombro. Perdia muito sangue, fechou os olhos e sentiu que era pego por alguém. Pensou ter sido feito prisioneiro.

Era Jean Valjean, que não perdera Marius de vista. Ele colocou Marius nas costas e ao ver umas grades no chão, pegou algumas pedras e conseguiu abrir. Ele desceu com o ferido, estava nas galerias subterrâneas do esgoto de Paris. Andou mais um pouco, parou para descansar. Examinou os bolsos de Marius e viu o recado com o nome e o endereço do avô. Usou todas as suas forças e prosseguiu. Chegou a uma extremidade da galeria, viu luz e andou até lá. Ao chegar viu uma grade, era a sua única saída. Mas esta estava trancada, e mesmo colocando toda sua força, ele não conseguiu abrir.

De repente, um homem falou que queria metade. Para sua surpresa, era Thénardier. Este não o reconheceu, pois Jean Valjean estava coberto de lama e sangue. Thénardier perguntou como ele pretendia sair. Jean Valjean não respondeu. Thénardier continuou. Disse que tinha a chave que abria a grade, mas que queria metade do que conseguiu com o homem. Agora Jean Valjean entendia as intenções de Thénardier. Thénardier achava que ele havia matado Marius para roubá-lo e estava querendo jogá-lo no rio, que era perto de lá. Jean Valjean então, pegou a própria carteira, retirou tudo que tinha e deu ao outro. Thénardier arrancou um pedaço do casaco de Marius para saber quem era o assassino e o assassinado.

Abriu a grade, Jean Valjean saiu com Marius. Foi até o rio, jogou água no rosto de Marius e viu que apesar de ter perdido muito sangue, o rapaz respirava. De repente, ele sente estar sendo observado, ergueu os olhos. Era Javert. Ao sair da barricada, prestou relatório ao chefe e foi até sua segunda missão: investigar um bando de malfeitores que haviam fugido da prisão. Sabendo disso, Thénardier deixou que Jean Valjean saisse com Marius para servirem de isca ao inspetor, Javert.

Como estava coberto de lama, Javert não reconheceu Jean Valjean. Javert perguntou quem era e ele respondeu que era Jean Valjean. Este fez um pedido ao inspetor, que fosse com ele levar Marius até a casa de seu avô. Javert aceitou, estava fascinado com a atitude de Jean Valjean. Chegaram até a casa do senhor Gillenormand e deixaram o rapaz sob os cuidados da tia dele. Javert fez um sinal para Jean Valjean e este fez mais um pedido. Pediu para que fosse para sua casa.

Eles foram, ao chegar lá Javert mandou que subisse e que ele esperaria em baixo. Javert em passos lentos chegou até uma ponte, foi ao parapeito. Estava abalado, não aceitava o fato de dever a vida a um malfeitor. Estava em um dilema: se entregasse Jean Valjean, seria ingratidão. E se não o entregasse seria uma traição com o dever policial. Para ele então, só havia uma saída. Tirou o chapéu, pulou no rio e ouviu-se um baque. Jean Valjean estava livre para sempre de Javert. Mas, enquanto isso, Marius continuava à beira da morte.

Nenhum comentário: