sábado, 6 de setembro de 2008

Capitulo 18: "A barricada" ; Artur Henrique


Marius andou sem rumo e só voltou pra casa de madrugada. Ele foi acordado por Courfeyrac e outros amigos. Perguntaram se ele não ia ao enterro do general Lamarque, que fora um herói do exército de Napoleão. Marius disse não estar bem disposto, então os amigos partiram. O rapaz colocou no bolso a pistola que Javert havia lhe entregado na noite em que os Thénardier prepararam a cilada para Jean Valjean. Vagou pelas ruas e não percebeu que havia começado uma batalha sangrenta.

Entrou no jardim da rua Plumet, não encontrou Cosette. As janelas estavam fechadas, não havia luz. Ele percebeu que não havia ninguém em casa, desesperou-se e disse que se fosse viver sem Cosette, preferia morrer. De repente, alguém chamou por seu nome. Disse que seus amigos o esparavam na barricada da rua Chanvrerie. Pensou ter reconhecido a vozde Épinine, mas ao virar-se, só viu um rapazinho.

Afinal, o que havia acontecido com Cosette? Naquele dia, Jean Valjean foi passear vestido de operário. Ele andava preocupado porque notou a aproximação de Thénardier na sua casa, ele fugiu da prisão, e pretendia com seus amigos assaltar a casa. Mas, naquele dia, ao passear no jardim, viu um endereço escrito na parede. Jean Valjean ficou pensando sobre o que se tratava, quando de repente, alguém jogou um papel que tinha escrito em letras grande: "MUDE-SE!". Foi Éponine. Ele foi com Cosette e sua criada para seu terceiro endereço, lá preparava sua partida para Londres. Marius nem imaginava que isso acontecera, então resolveu ir ao encontro de seus amigos.

A batalha entre republicanos e monarquistas começara nas ruas de Paris. Os republicanos estavam em número bem menor. Cantando, gritando e correndo à frente dos demais ia Gavroche. Estava entusiasmado. Entre os poucos rebeldes havia um homem alto, grisalho, com expressão decidida. Gavroche o observava, foi até um dos líderes, Enjolras e disse que parecia se tratar de um espião e que o conhecia das ruas. Enjolras foi até ele e disse que sabiam que ele era da polícia e o homem confimou, disse que se chamava Javert. Ele foi preso e amarrado. Nos seu bolso havia uma ordem para espionar os rebeldes e depois verificar a existência de um bando de malfeitores nas margens do Sena.

Pouco depois, Marius chegou. Foi um dos últimos, logo começaram os ataques do governo. Com tiros de pistoa, salvou Courfeyrac e Gavroche. Quase foi atingido por um disparo, mas um desconhecido entrou na frente, pôs a mão na arma e desviou o cano. Marius pegou uma tocha e ameaçou explodir os barris de pólvora. As tropas do governo recuaram. Durante essa breve trégua, ele ouviu chamarem seu nome. Era Éponine, estava ferida. Ele quis levá-la até a taverna para ser medicada, mas ao ser levantada gritou de dor. Marius viu a mão dela e láh tinha um buraco negro.

Éponine havia salvado Marius. Ele disse que poderia cuidar do ferimento, mas ela disse que seria inútil, pois a bala havia atravessado sua mão e penetrado no peito. A moça pediu para que ele sentasse ao seu lado, assim ele fez. Ao ouvir Gavroche cantar, ela falou que ele era seu irmão. Ela disse que tinha uma carta no bolso para entregá-lo desde o dia anterior, mas não queria que chegasse em suas mãos. E fez um pedido, que ele desse um beijo em sua testa e que achava que estava apaixonada por ele. Ele pegou a carta e deu um beijo em sua testa.

Em seguida, procurou um lugar iluminado e leu a carta, era de Cosette. Dizia que viajaria para Inglaterra dentro de oito dias, dava o endereço de onde estaria até lá com o pai. Marius sabia que seria impossível a vida com Cosette, então resolveu mandar uma carta para ela, por Gavroche. Assim ele poderia livrar Gavroche que era filho de Thénardier da morte na barricada e despedir-se de Cosette. Na carta dizia que o casamento era impossível, mas que o amor por ela seria pra sempre. Em outro papel, escreveu seu nome e pedia para que levassem seu corpo para o senhor Gillenormand e seu endereço. Este papel ele havia colocado no bolso, pois a morte no confronto final seria inevitável.

Gavroche chegou ao endereço e perguntou se era esse o endereço correto. Jean Valjean disse que sim. O menino entregou a carta e disse que vinha da barricada da rua Chanvrerie. Gavroche partiu. Jean Valjean entrou e leu a carta. Ele pensou, seria correto deixar o rapaz morrer? Vestiu seu uniforme da Guarda Nacional e partiu na direção da barricada.

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